Equívoco de identidade: justiça federal arquiva investigação da PF contra carlos augusto ferreira, secretário da fazenda de Maringá
A Justiça Federal determinou o arquivamento da investigação da Polícia Federal (PF) contra Carlos Augusto Ferreira, secretário municipal da Fazenda de Maringá, por um erro crasso de identificação. O inquérito, parte da Operação Mafiusi que apura lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico internacional, foi encerrado em relação ao secretário após a própria PF e o Ministério Público Federal (MPF) confirmarem que Ferreira foi erroneamente incluído no caso.
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A decisão foi proferida pelo juiz Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba, que acolheu o pedido da defesa e determinou a restituição de todos os bens apreendidos, incluindo carros de luxo como uma Ferrari.
O erro da PF
Carlos Augusto Ferreira foi alvo de um mandado de busca e apreensão em outubro, que levou ao seu afastamento voluntário do cargo para se dedicar à defesa. A confusão surgiu de conversas interceptadas pela PF, onde um interlocutor chamado “CARLÃO PIN BANK” discutia a movimentação de recursos sem origem conhecida por meio da fintech Pinbank Holding S.A., onde o secretário de Maringá havia tido uma breve passagem.
Ao analisar o celular apreendido com o secretário, a Polícia Federal e o MPF puderam confirmar o equívoco. O verdadeiro responsável pelas comunicações e que utilizava o apelido de “CARLÃO PIN BANK” era, na verdade, Carlos de La Cruz Hyppolito, e não o secretário municipal.
Reafirmação e retorno ao cargo
Após a confirmação do erro pela própria investigação, a Justiça Federal considerou que não havia mais fundamentos para a manutenção das medidas restritivas. O MPF certificou que “a perícia confirmou que Carlos Augusto Ferreira não tinha envolvimento com as comunicações suspeitas”.
Diante dos fatos, o prefeito de Maringá, Silvio Barros, reconduziu Carlos Augusto Ferreira ao posto de secretário da Fazenda em 14 de novembro. O prefeito afirmou publicamente que o secretário foi “vítima de um grande equívoco”, destacando a importância da sua contribuição à frente da pasta financeira municipal.
Em manifestação à imprensa, Ferreira demonstrou alívio e apontou os altos custos do processo. Ele revelou ter gasto “milhões” com honorários advocatícios e laudos periciais para provar sua inocência. No entanto, o secretário manteve um tom de conciliação com as instituições, afirmando: “São pessoas e pessoas erram.”
A decisão de arquivamento põe fim ao constrangimento público do secretário, que viu seu nome envolvido em uma grande operação policial por uma falha de identificação.





