Fifa É Acusada De Exploração Após Ingressos Para A Copa Do Mundo 2026 Chegarem A Quase R$ 50 Mil
Torcedores e associações de fãs criticam a alta nos preços, que podem ser cinco vezes maiores do que os cobrados no Catar, e apontam “traição” e “extorsão” por parte da entidade.
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A Fifa se encontra no centro de uma nova controvérsia após o lançamento do terceiro lote de ingressos para a Copa do Mundo de 2026, sediada por Estados Unidos, México e Canadá. Os valores divulgados alcançaram patamares inéditos, com as entradas mais caras beirando os R$ 48 mil (cerca de US$ 9 mil), levando torcedores e entidades representativas a acusarem a entidade máxima do futebol de “explorar” e “trair” os fãs.
A indignação generalizada se deve, em grande parte, à comparação com os preços praticados no Mundial do Catar, em 2022. Segundo associações de torcedores, como a Football Supporters’ Association (FSA), do Reino Unido, e a Football Supporters Europe (FSE), da Europa, os ingressos mais caros para a final da Copa de 2026 estão até sete vezes superiores aos da edição anterior.
- Preço Salgado para a Final: O ingresso mais barato para a partida final, que será disputada nos Estados Unidos, é cotado em US$ 4.185 (cerca de R$ 22.630), um valor que, segundo a FSA, chega a R$ 251 por minuto de jogo. O tíquete mais caro para a decisão pode alcançar os US$ 6.370 (aproximadamente R$ 34,5 mil) na categoria geral, e os pacotes de hospitalidade podem ser ainda mais onerosos, atingindo os R$ 48 mil mencionados.
- Acompanhando a Seleção: Para o torcedor que deseja acompanhar a Seleção Brasileira desde a fase de grupos até a final, o custo mínimo, na categoria D (mais barata), é de cerca de US$ 3.640 (aproximadamente R$ 19.700), sendo US$ 100 (R$ 541) por jogo da fase inicial. Contudo, quem optar pela categoria A, a mais cara, pode gastar mais de R$ 70 mil (cerca de US$ 12.970).
Sistema De Preços Dinâmicos E A Crise De Acessibilidade
O cerne da crítica dos grupos de torcedores reside na adoção, pela primeira vez em uma Copa do Mundo, de um sistema de preços dinâmicos por parte da Fifa. Este modelo permite que os valores sejam ajustados de acordo com a demanda, a fase do torneio e o apelo das seleções envolvidas.
A FSE classificou os valores como “exorbitantes”, afirmando que o preço dos ingressos é uma “traição aos torcedores mais dedicados”, que agora se veem impedidos de seguir suas seleções. A FSA, por sua vez, solicitou que suas federações nacionais intervenham e pressionem a Fifa a rever a política de vendas, que, segundo eles, define os valores por critérios “vagos”.
Apesar da forte reação e da pressão da mídia europeia, a Fifa ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas e as acusações de encarecimento excessivo. O Mundial de 2026 contará com 104 jogos e ocorrerá entre 11 de junho e 19 de julho. O Brasil está no Grupo C e fará todos os seus jogos da fase de grupos nos Estados Unidos, enfrentando Marrocos e Haiti/Escócia, em jogos que já figuram entre os de maior procura.





