Politica

Flávio Bolsonaro Anuncia Candidatura à Presidência Pelo PL com Benção do Pai, Jair Bolsonaro

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirma nas redes sociais que foi o escolhido pelo ex-presidente para ser o candidato do partido ao Palácio do Planalto em 2026, gerando reações diversas na política nacional.

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​O cenário eleitoral para 2026 ganhou um novo e controverso protagonista na última sexta-feira (5/12). O senador Flávio Bolsonaro, primogênito do ex-presidente Jair Bolsonaro, utilizou suas redes sociais para anunciar que foi o nome escolhido pelo pai para concorrer à Presidência da República pelo Partido Liberal (PL). O comunicado vem em um momento de fragilidade para a direita, com o ex-presidente inelegível e preso, condenado por tentativa de golpe de Estado, cumprindo pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

​A decisão, que teria sido consolidada após um encontro entre pai e filho na prisão, posiciona Flávio Bolsonaro, de 44 anos, como o principal representante da extrema-direita na corrida presidencial. A postagem do senador indicou que ele não se conformará em ver o país em um “tempo de instabilidade, insegurança e desânimo”, assumindo a missão para a qual, segundo ele, foi designado.

​Reações e Consequências Imediatas

​O anúncio causou um imediato endosso por parte de líderes do PL, como o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, que afirmou: “Bolsonaro falou, está falado“. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se manifestou, pedindo que Deus abençoe Flávio na “nova missão”. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), irmão de Flávio, clamou por união na direita, afirmando que o irmão erguerá a bandeira dos ideais do pai, cuja escolha foi “arrancada” das mãos da população.

​No entanto, a candidatura de Flávio é vista com cautela e até resistência em outras esferas.

  • Centro-Direita e Governadores: Nomes cotados para disputar a eleição, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Junior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), sinalizaram que mantêm suas articulações e planos. Ratinho Junior, por exemplo, mencionou a possibilidade de construir uma aliança, citando Flávio.
  • Avaliação Política: Analistas políticos sugerem que o movimento pode funcionar como um “teste” para medir a receptividade de Flávio na direita e que a crise interna do bolsonarismo teria acelerado essa escolha.
  • Pesquisas Eleitorais: O potencial de Flávio é questionado em pesquisas. Levantamento recente do Datafolha aponta que o senador perderia para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, por uma margem considerável em um cenário de segundo turno. A “toxicidade do sobrenome Bolsonaro nas opções para a rodada final” é um fator observado.

​O “Preço” da Desistência

​Dois dias após o anúncio, Flávio Bolsonaro já admitiu a possibilidade de não levar a candidatura até o fim, mas deixou claro que haverá um “preço para isso“, afirmando que irá negociar. Em declaração, ele sugeriu que o valor para a sua desistência seria ver o pai “livre, nas urnas“. Questionado sobre a possibilidade de negociação estar ligada à votação de uma anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o senador respondeu ironicamente com um “Tá quente, tá quente”, sem estender o assunto.

​A pré-candidatura de Flávio, assim, ganha ares de balão de ensaio e pode estar ligada a uma estratégia de barganha política, com o objetivo de pressionar pela libertação ou perdão judicial de Jair Bolsonaro. Fontes do PL indicam que Flávio teria até abril de 2026 para “decolar nas pesquisas”, caso contrário, a competitividade do bolsonarismo estaria ameaçada.

​O campo lulista, por sua vez, já se mobiliza para aproveitar a pré-candidatura, vista como uma potencial vantagem eleitoral para o PT, e planeja avançar sobre partidos do Centro.

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