Funcionário é Absolvido Pela Justiça de MG Após Matar Patrão Esfaqueado em Confraternização de Fim de Ano
A Justiça de Minas Gerais absolveu Eliandro Bastos da acusação de homicídio, em decisão de primeira instância, por ter matado o patrão, o empresário Kerli, a facadas durante uma confraternização de fim de ano em Cláudio, no Centro-Oeste mineiro. O caso, ocorrido em dezembro de 2024 ganhou uma reviravolta jurídica que divide opiniões e leva a família da vítima a recorrer.
Legítima Defesa
O crime ocorreu após um desentendimento na festa da empresa Metal Polo Aramados e Montagem, quando Eliandro teria sido informado sobre sua demissão, supostamente por ser considerado “muito caro” para a firma. Segundo informações da Polícia Militar da época, o funcionário, revoltado, quebrou uma garrafa de vinho que havia recebido de presente. O patrão, Kerli, o teria advertido, ordenado que limpasse o local e trancado o portão da empresa, impedindo a saída de Eliandro.
A defesa de Eliandro alegou que ele agiu em legítima defesa. O funcionário afirmou que teria sido arrastado pelo patrão durante a discussão e que decidiu agir ao saber que o empresário possuía uma arma de fogo. Ele desferiu três golpes de faca em Kerli, que foi atingido no abdômen, pescoço e ombro. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
O funcionário confessou o crime e se entregou à polícia. Inicialmente preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil, ele teve a prisão revogada dez dias depois e respondia ao processo em liberdade.
Decisão em 1ª Instância e Recurso
A absolvição em primeira instância foi proferida em setembro (de 2025, conforme as últimas notícias) pelo juiz da comarca, que acatou o pedido do Ministério Público (MP) e reconheceu a tese de legítima defesa.
O advogado de defesa de Eliandro expressou confiança na decisão, afirmando que “acredita na inocência e na verdade dos fatos expostos no processo, bem como que a justiça da absolvição pelo reconhecimento da legítima defesa será mantida em 2ª Instância”.
No entanto, a família do empresário Kerli não se conformou com o resultado e recorreu da decisão em outubro. O recurso está sob análise do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) e o processo segue em segredo de justiça. O assistente de acusação, advogado da família da vítima, defende que sua atuação é fundamental para “assegurar a assistência qualificada à vítima e seus familiares, estes que vêm amargando a dor imensurável da perda de seu arrimo familiar”.
Aguardam-se, portanto, os próximos passos do caso no TJ-MG para uma decisão definitiva sobre a absolvição de Eliandro.





