Estudo com 23 mil Pessoas em 30 Países Revela Desejo por Passado, com Franceses Sendo os Mais Nostálgicos e Sul-Coreanos, os Mais Otimistas com o Futuro.
Uma pesquisa global recente conduzida pelo instituto Ipsos trouxe à tona um notável sentimento de nostalgia e descontentamento com o presente: 44% das pessoas ouvidas em 30 países revelaram que prefeririam ter nascido em 1975 do que agora, em 2025. O levantamento, que entrevistou 23 mil participantes, mostra uma preferência clara pelo passado, com apenas 24% expressando o desejo de ter nascido no ano atual. Os 32% restantes não optaram por nenhuma das duas datas.
O estudo indica que essa inclinação nostálgica é mais forte em gerações mais velhas, mas ainda significativa entre os mais jovens. Entre os Millennials, 39% escolheriam ter nascido há 50 anos. O percentual salta para 55% na Geração X e 54% entre os Baby Boomers, sugerindo que as experiências vivenciadas ou idealizadas do passado exercem um forte fascínio.
Curioso: Apenas 24% das pessoas gostariam de ter nascido em 2025.
🇫🇷 A França Lidera a Nostalgia
Quando analisada por país, a França emerge como a nação mais nostálgica, com 57% dos entrevistados preferindo a data de 1975. A Bélgica e o México também demonstram forte apego ao passado, com 53% em cada um. A Ipsos sugere que a “nostalgia é uma tendência francesa” que se manifesta nesse resultado. No total, em 29 dos 30 países pesquisados, a maioria das pessoas escolheu ter nascido em 1975.
Em contraste, a Coreia do Sul é o país onde o interesse pelo futuro se mostra mais forte. No lado oposto do espectro, a pesquisa destaca que muitas das opiniões não são baseadas em memória pessoal, visto que 72% dos entrevistados nasceram depois de 1975.
🇧🇷 Brasil Acompanha a Tendência
O Brasil segue a tendência global, embora com índices ligeiramente menores do que a média. Por aqui, 42% das pessoas preferiam ter nascido há 50 anos, enquanto 29% gostariam de ter nascido em 2025.
A análise da Ipsos aponta que “os últimos cinco anos trouxeram muitas disrupções para pessoas em todo o mundo”, o que pode estar alimentando a visão idealizada de uma época que muitos percebem como mais simples ou estável. A década de 1970, frequentemente associada a um mundo pré-internet de menor velocidade e talvez menos complexidade geopolítica e econômica, parece ser um refúgio de desejo para uma parcela considerável da população global.





