A utilização do Parque Internacional de Exposições, gerido pela Sociedade Rural de Maringá (SRM), para a festa de aniversário do deputado estadual Adriano José (PP), realizada na última semana, gerou um intenso debate na esfera política e social da região. O que deveria ser um evento privado, mesmo que com a presença de agentes públicos como o governador Ratinho Junior, rapidamente se tornou um questionamento sobre a transparência no uso de um espaço com forte ligação pública.

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​O cerne da polêmica reside na ausência de informações claras sobre o acerto financeiro, ou não, entre o deputado e a SRM para a locação do local.

​Cortesia, Acordo ou Pagamento? A Dúvida Que Persiste

​O questionamento principal, levantado por veículos de comunicação locais, é direto: Adriano José pagou pela locação do espaço?

• ​Se houve pagamento, a sociedade exige a apresentação completa da documentação, indo além de um simples contrato, para comprovar o valor e a quitação integral.
• ​Caso a Sociedade Rural de Maringá tenha cedido o local como uma “cortesia”, o motivo da benesse se torna o centro das atenções.

​Essa última hipótese levanta suspeitas imediatas, especialmente considerando a recente liberação de R$ 25 milhões em recursos públicos para o Hospital da Criança de Maringá, um tema que envolve a atuação do governador Ratinho Junior – presente na festa – e a influência política local, na qual o deputado Adriano José tenta se projetar para a disputa de deputado federal em 2026. A SRM, inclusive, recebeu o título de utilidade pública em 2024, lei proposta por deputados como Adriano José.

​ Envolvimento Político E As Eleições De 2026

​A presença de Ratinho Junior, que estaria usando aparições públicas para construir sua imagem em uma possível pré-campanha à presidência, ao lado de Adriano José, que busca uma projeção política maior, confere ao evento um inequívoco caráter político-eleitoral.

​Quando um evento com essas características é realizado em um espaço como o Parque de Exposições, cuja gestão está intrinsecamente ligada à Sociedade Rural – uma entidade que interage constantemente com o poder público em temas como a Expoingá e recursos estaduais –, a exigência por transparência total no uso do bem se torna inegociável.

​📢 A Cobrança Por Clareza

​A Sociedade Rural de Maringá e o deputado Adriano José estão agora sob a pressão de dar respostas concretas. Em ambos os cenários – pagamento ou cortesia –, a verdade é um direito da população.

​A situação ilustra um ponto crucial na vida pública: a gestão de espaços e entidades que recebem apoio público deve seguir os mais rígidos critérios de transparência, a fim de evitar a percepção de que recursos, ou privilégios, podem ser trocados por favores políticos. A expectativa é que os envolvidos apresentem, o quanto antes, todos os detalhes da negociação para dissipar as dúvidas e reestabelecer a confiança.